O primeiro profissional
Um dos primeiros surfistas «profissionais» foi Phil Edwards. Por volta de 1963, quando Hobie introduziu a primeira prancha «de assinatura», Phil Edwards foi o tipo que todos diziam ser o melhor do mundo e que valia 23 dólares por cada por cada prancha que moldava para Hobie.
Edwards era o estilista supremo do surf poderoso da Califórnia. Milhares de miúdos viram-no em Surfing Hollow Days de Bruce Brown e tentaram imitar aquela viragem distinta mas infinitamente agressiva backside com drop-knee, aquela posição paralela de tornozelo para tornozelo na garganta escorregadia de tubo cristalino.
Edwards imortalizou-se como primeiro surfista a montar uma onda no famoso Banzai Pipeline de North Shore. As fotografias que seguiram na Surfer noticiaram ao mundo que Pipeline fora «conquistado». Esse anúncio não pôde ser feito quando as ondas de Waimea foram domadas, cinco anos antes. A existência de revistas mudou tudo. Criaram heróis, partilharam histórias e transmitiram a febre do surf.
Tal como em Waimea, chegou o dia de se atingir o impossível. Era normal que Phil Edwards, reconhecido como o «melhor surfista do mundo» na altura, fosse o primeiro a surfar o Banzai Pipeline.